Luiz Felipe Muniz de Souza
Advogado, ex-presidente do CNFCN - lfmunizz@gmail.com
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Campos, Junho/2008.
O projeto para fechamento do Canal Campos – Macaé em sua área urbana, anunciado pelos Garotinhos como projeto de campanha, é na verdade uma idéia antiga de muitos políticos e empresários locais, inclusive do Sr. Arnaldo Viana e Sr. Mocaiber, e que evidencia bem o mau-caratismo crônico que foi instalado nesta cidade!
Transformar toda aquela área central nobre em lotes comerciais para barganha e muito lucro, enquanto os esgotos jorram dia e noite sem controle e responsabilidade, servido de abrigo seguro para proliferação de vetores de todo o tipo, e, contaminando cursos d’água que se interligam com a Lagoa Feia, a mesma que é responsável por boa parte do pescado comercializado na cidade, é coisa de velhaco!
Será possível que estes políticos não tenham em seus contextos partidários bons profissionais de saneamento e saúde pública, para orientar e assessorar as suas lideranças antes de vir a público esbravejar asneiras sem tamanho? Pois é possível sim! Tratando-se de Garotinhos, de Doutor Arnaldo Viana e de Doutor Mocaiber tudo é possível!
Desde a construção da famigerada ponte da flor – um verdadeiro elefante branco no centro de Campos dos Goytacazes – de maneira pouco legal e técnica, cujos efeitos dramáticos com o trânsito, com o escoamento de água pluvial, com a estética local e com a vizinhança em geral, que os Garotinhos firmaram compromissos com obras irresponsáveis e espetaculares. Nem mesmo o Ministério Público – Estadual e Federal - nem o Judiciário foram cuidadosos em registrar e fazer valia daquilo que os vários profissionais de urbanismo haviam manifestado, os ambientalistas protocolado como Representação e o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo deliberado contra aquela obra sem critérios adequados e liderada por um órgão estadual de Estradas e Rodagem (?)... aqui prevaleceu uma visão extremamente míope tão somente... hoje sofremos todos!
Agora, mais uma vez ressurge a idéia do “valão” fétido e abandonado propositalmente ao longo dos anos: lá não há obras de manutenção real, não há manejo de comportas, não há fiscalização com o esgoto despejado a céu aberto, não há o mínimo de preocupação do Poder Público com este Patrimônio Histórico tombado pelo Inepac, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. Há sim o compromisso com o lucro político e monetário por meio do desastre e da máxima do “quanto pior melhor”.
Novos episódios surgirão e eu espero que a estrutura dos poderes locais seja capaz de fazer valer hoje, o que o mundo todo está tentando discutir e aplicar democraticamente em matéria de Desenvolvimento Urbano Sustentável! Veremos a nossa capacidade coletiva de evoluir...ou não!
3 comentários:
Deixa de ser hipócrita, vc fica daí falando, falando, porque não vem a público colocar seu nome para apreciação do povo expressando suas idéias mirabolantes,seus comentários covardes, atingindo as pessoas que de certo ou errado botam a cara na reta, expõem suas metas de trabalho com o intuito de atender aos anseios da população de Campos e vem vc com esses seus comentários, tudo bem nós vivemos numa democracia, mas convenhamos é muito mais fácil ficar por aí falando do que os outros não fizeram ou do que os outros vão fazer, ficar criticando, quando se poderia arregaçar as mangas e colocar ao povo de Campos dos Goytacazes, o seu projeto para uma Campos melhor se é que vc tem algum projeto. Obrigado espero ver publicado este meu comentário, pois como já disse vivemos numa democracia espero.
Prezado Professor Roberto Moraes,
Compartilho da opinião do Sr.Aloísio de que críticas acerbas assacadas contra a construção de obras públicas não contribuem necessáriamente para o desenvolvimento urbano da cidade, principalmente se a obra está concluída e prestando serviços que a justifiquem, como é o caso.
Considero esse comportamento contestatário uma manifestação da síndrome da engenharia-de-obras-prontas, típica de quem fala muito e age pouco.
Pelo que me parece as duas pessoas que comentaram não entenderam muito bem o objetivo da mensagem.
Ao meu ver, "meter a cara na reta" é uma questão de querer ou não se envolver na política.
Além do mais, o Sr. Luiz Felipe Muniz de Souza não me parece ter "comportamento contestatário uma manifestação da síndrome da engenharia-de-obras-prontas", visto que está contestando uma obra que, na data da publicação do texto, não havia nem começado a ser construida ('beira-valão').
A citação da 'ponte da flor' é conhecida em redação como argumento por exemplificação.
Penso que redação deveria ser uma matéria mais bem dada,ou pelo menos dada, nas escolas, para que não hajam comentários equivocados.
Ah, além do mais, pelo pouco que eu vejo, o Sr. Luiz Felipe está longe de ser um cidadão que "fala muito e age pouco".
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