segunda-feira, novembro 13, 2006

Altruísmo, malas e pãezinhos

Fábio Siqueira
Historiador e professor
Sei que este prestigiado blog só tem tido espaço, no que se refere a futebol, para destacar a heróica campanha do Goyta na seletiva em disputa. Mas como o último sucesso frente o Villa Rio já foi suficientemente comemorado e comentado por aqui, não resisto a provocar a discussão sobre o que se passa com o Flamengo – paixão que também compartilho com o blogueiro. Como explicar esta derrota para a Ponte Preta? Creio que não se trata apenas de acomodação por estarmos livres do rebaixamento e classificados para a Libertadores - o que, convenhamos, é mais do que poderíamos esperar considerando as últimas temporadas e o início do ano.

Não sei se andam se inspirando em Robin Hood lá pela Gávea, pois os bons resultado contra times que disputam posições entre os dez primeiros colocados como o "Furacão", o Goiás e o Paraná são alternados com outros frustrantes como o modesto empate com o rebaixado Santa Cruz e a derrota para a "Macaca", que está com o pé na cova.

Confesso contudo, que após a terceira repetição da cobrança de penâlti inexistente, marcado aos 47 minutos do primeiro tempo, com direito a mudança de batedor após a segunda defesa do Bruno, me lembrei imediatamente de animado papo que entabulei esta semana sobre “causos” e traquinagens envolvendo o famoso “homem da mala”, figura que costuma “motivar” árbitros a serem compreensivos com times da casa. Há inclusive um “causo” em que, em situação idêntica a aqui citada, o juiz teria exigido a troca do batedor após a segunda cobrança!

Só espero que o espírito "altruísta" do Mengo não contagie o Goyta na quarta, diante do moribundo Duque de Caxias!

Mais estapafúrdia que a derrota do Flamengo, só mesmo a polêmica envolvendo o pãozinho francês! Será que dá para algum especialista em pesos e medidas manifestar-se de forma clara provando que é IMPOSSÍVEL que a situação atual seja prejudicial ao consumidor? Os pretensos lesados devem atentar para o fato de que eram tungados antes, quando compravam pãezinhos de "50 g" que deviam pesar 40g ou menos. Agora, a mercadoria vale quanto pesa!

Criar polêmica sobre possíveis efeitos negativos da lei que determinou a venda a peso só interessa ao velho demagogo que, ainda atordoado pela acachapante derrota nas urnas busca um factóide com apelo popular para melhorar sua imagem. Os verdadeiros liberais teriam uma sugestão melhor para os consumidores insatisfeitos: que tal pesquisar as padarias em busca do melhor preço (Kg)? Como diria o antigo bordão: "É a ingnorância que astravanca o progresso!"

Nenhum comentário: